quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A critica.

Irrita-me solenemente ouvir por essa infoesfera fora que o povo português é cobarde.
Um povo acomodado, sem gana nem garra, que cala e consente, deixando que lhe imponham os mais severos sacrifícios.
É escandaloso que se aponte o dedo ao “elo mais fraco”, que se critique por criticar sem o mínimo conhecimento da história do espirito de sacrifício deste povo guerreiro.
Isso sim amigos, é o mais alto ato de cobardia que se pode ter.
Falamos dum povo que consegue por esse mundo fora que se adjetive o país como sendo de boas gentes e brandos costumes, tal não aconteceria se fosse este feito de gente medíocre e sem carater.
Gente que por esse mundo fora jamais esquece a sua origem, devotando um amor incondicional ao país que o viu nascer.
Gente que ao longo da história e de difíceis tempos, deu provas duma resistência extrema, gente que sem nada para comer durante dois Pós Grande-Guerra, suportou 50 anos duma ditadura draconiana e de curtas vistas.
Este é um povo que aguenta as medidas de austeridade impostas por uma classe politica mesquinha e mal-intencionada, uma classe politica que claramente não está a altura do país e do povo que deveria defender e representar; essa sim falhou, essa sim deveria ser criticada.
É inacreditável que se critique por criticar, como se o “criticante” fosse detentor de uma coragem sobre-humana, como se também ele não fizesse parte deste povo, querendo trazer para si um fator de diferenciação e valorização.
É por causa deste e doutros tantos, que este é um povo com tão fraca autoestima, um povo que aguenta calado, mas que aguenta com uma vontade sobre-humana, sacrifícios resultados de uma gestão calamitosa do país e pares que nada mais fazem que criticar.
Gente que critica quem mais deveria defender, gente que critica mas que não luta, culminando no mais alto acto de cobardia que se pode ter, e o povo, quem o defende? Quem de uma vez por todas lhes dá razões para se sentirem orgulhosos de ser português?