quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A tampa de esgoto...

Ora então cá estamos para a nossa “rentrée” e o malfadado regresso de umas férias espojados na areia ao sol.
Com o pelo mais alourado e o "focinho" (o meu claro está) cheio de areia, cá se inicia mais um ano de árdua labuta.
Como não podia deixar de ser, aqui explano mais um assunto de extrema importância, que apesar do impacto poucos são os que lhe devotam a devida importância.
Isto acontece a todos os que na estradam andam aos comandos da sua bela viatura, falo das infindáveis e malfadadas tampas de esgotos que do “macadame” brotam como cogumelos.
A tampa de esgoto é o que de mais parecido conheço com umas abundantes e fartas unhas a “guinchar” num tampo de vidro. Ambos conseguem despoletar o mesmo efeito em cada um de nós, o encolher os ombros, os olhos semi-serrados e o habitual “xiiiiiiiiiiii” com cada pelinho dos braços eriçado após uma valente mocada e estrondo nas rodas do nosso querido bólide.
Aliás, a tampa de esgoto é o que de mais sintomático existe relativamente ao “Tuga” ser excelente quando o assunto é trabalhar lá fora, mas no seu canto faz tudo atamancado, “em casa de ferreiro espeto de pau”.
É impressionante não haver nenhuma tampa de esgoto nivelada com a estrada, ou estão acima do nível do alcatrão ou estão abaixo formando verdadeiras crateras.
Até consigo perceber que isto aconteça á medida que são aplicados os vários tapetes de alcatrão ao longo do tempo, mas e as tampas de esgoto? Basta serem levantadas e reajustadas, dá trabalho? Acredito, mas caso contrário é trabalho mal feito e incompleto.
Isto é o mesmo que colocar um tapete de alcatrão na estrada para tapar buracos mas criar outros tantos institucionalmente aceites…
Fugimos atabalhoadamente de uma tampa, mas temos logo outras 50 á nossa espera, é humanamente impossível fugir a este flagelo rodoviário.
Como se não fosse suficientemente enervante este fenómeno, pior ficamos quando transportamos um belíssimo dum pendura que nos avisa da respetiva tampa 3 milímetros antes do embate e ainda tem a lata e o descaramento de comentar: “…andas a fazer pontaria às tampas?”…Ai ca nervos…
Fazer uma gincana a fugir dos buracos das tampas de esgoto na 24 de Julho seria um belíssimo desafio para o piloto de testes do Top Gear (The Stig), nem sei como Jeremy Clarkson nunca se lembrou desta, mas teria de o fazer num daqueles bólides bem lustrosos e baixinhos, o que na melhor das hipóteses resultaria em deixar o chassis para trás nos primeiros 10 metros de estrada.

3 comentários:

  1. Não é fácil evitá-las, não!! Tens razão em aplicar a expressão "em casa de ferreiro, espeto de pau"!
    Gostei da parte do Top Gear... :))

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