Aos 15 anos era heavy-metal ou metaleiro como se dizia na altura, aos 17 grunger com camisa aos quadradinhos, calção de camuflado e Dr. Martens, cabelo seboso e apiolhado como mandava a regra. Aos 18 béto empedernido, com polozinho, jeans “lébis” e sapatinho Yucca numa tentativa desesperada de me levarem a sério e numa incessante busca em me afirmar como gente.
Hoje e após uns anitos, continuo muito bem sem saber onde me colocar, e numa sociedade de consumo onde o que vestimos é analisado ao pintelho (se o Catroga diz eu também posso, afinal estamos em democracia), a forma de ser e estar não foge á estandardização e massificação nem á produção em linha de montagem.
Chegou o dia de mudar, sentei-me no dabliucê (WC) e enquanto folheava uma revistinha bem mixuruca, procurava em que estilo me iria eu enquadrar, coisa difícil pá…
Pimba…já está…PSEUDOINTELECTUALOIDE…as miúdas acham uma graça, e é esta a forma mais corrente de passar por “gente” nas carruagens do Metro.
Podia muito bem criticar aqueles que se acham e armam em pseudointelectual, mas que coisa mais cafona, detesto os tipos que tem blogues para criticar tudo e todos sem nunca se olharem ao espelho, escrevem e escrevem e escrevem e vomitam palavras e criticas idiotas como se só eles fossem os seres humanos perfeitos e sem defeitos, eu tenho defeitos, faço figuras tristes mas vivo bem com isso…
Pois é, eu passei a ouvir música clássica quando tenho outros ao pé de mim, quando viram costas tenho um CD de Death Metal escondido debaixo do banco do carro; o jornal debaixo do braço passou a ser acessório da fatiota, fica sempre bem um gajo parecer culto e informado, quando um gajo a ultima coisa que leu foi no Liceu as revistas pornográficas “Gina”; blaserzinho em bombazine castanha com cotoveleiras em pele artificial, esta é daquelas que não podia mesmo faltar, né? Passei a usar a barba muito bem aparadinha, apesar de esta ter sido semeada em dia de vento e ser meio “rala”, não interessa, aqui o que conta é a intenção. Passei a dizer categoricamente que não vejo televisão a não ser a Sic Noticias, mas quando chego a casa empanturro-me em series do canal Fox e Discovery Channel, só não vejo o canal 18 e o Sexy Hot porque sai caro…
Sapato engraxado até á quinta-casa, aquilo até fere os olhos de tão brilhante que está, cabelinho bem aparadinho e carregado de gel, de tal forma que no fim do dia tenho de lavar a cabeça com diluente celuloso para sacar aquela mistela.
Passei a ser pseudopolido, pseudoeducado mas muito critico quanto aos outros, quando no fundo não passo de um arruaceiro, a criticar o “pato-bravo” de cachucho no dedo, a mulherzinha de avental e o velhote de boina, a pobre velhota que delira em ver 20 marmanjos e marmanjas a partir a loiça debaixo de uns edredons no Big Brother. Quando afinal sabem mais estes que eu critico num dedo que eu no corpo todo.
Foi nisto que me tornei…pobre de mim…
Hoje e após uns anitos, continuo muito bem sem saber onde me colocar, e numa sociedade de consumo onde o que vestimos é analisado ao pintelho (se o Catroga diz eu também posso, afinal estamos em democracia), a forma de ser e estar não foge á estandardização e massificação nem á produção em linha de montagem.
Chegou o dia de mudar, sentei-me no dabliucê (WC) e enquanto folheava uma revistinha bem mixuruca, procurava em que estilo me iria eu enquadrar, coisa difícil pá…
Pimba…já está…PSEUDOINTELECTUALOIDE…as miúdas acham uma graça, e é esta a forma mais corrente de passar por “gente” nas carruagens do Metro.
Podia muito bem criticar aqueles que se acham e armam em pseudointelectual, mas que coisa mais cafona, detesto os tipos que tem blogues para criticar tudo e todos sem nunca se olharem ao espelho, escrevem e escrevem e escrevem e vomitam palavras e criticas idiotas como se só eles fossem os seres humanos perfeitos e sem defeitos, eu tenho defeitos, faço figuras tristes mas vivo bem com isso…
Pois é, eu passei a ouvir música clássica quando tenho outros ao pé de mim, quando viram costas tenho um CD de Death Metal escondido debaixo do banco do carro; o jornal debaixo do braço passou a ser acessório da fatiota, fica sempre bem um gajo parecer culto e informado, quando um gajo a ultima coisa que leu foi no Liceu as revistas pornográficas “Gina”; blaserzinho em bombazine castanha com cotoveleiras em pele artificial, esta é daquelas que não podia mesmo faltar, né? Passei a usar a barba muito bem aparadinha, apesar de esta ter sido semeada em dia de vento e ser meio “rala”, não interessa, aqui o que conta é a intenção. Passei a dizer categoricamente que não vejo televisão a não ser a Sic Noticias, mas quando chego a casa empanturro-me em series do canal Fox e Discovery Channel, só não vejo o canal 18 e o Sexy Hot porque sai caro…
Sapato engraxado até á quinta-casa, aquilo até fere os olhos de tão brilhante que está, cabelinho bem aparadinho e carregado de gel, de tal forma que no fim do dia tenho de lavar a cabeça com diluente celuloso para sacar aquela mistela.
Passei a ser pseudopolido, pseudoeducado mas muito critico quanto aos outros, quando no fundo não passo de um arruaceiro, a criticar o “pato-bravo” de cachucho no dedo, a mulherzinha de avental e o velhote de boina, a pobre velhota que delira em ver 20 marmanjos e marmanjas a partir a loiça debaixo de uns edredons no Big Brother. Quando afinal sabem mais estes que eu critico num dedo que eu no corpo todo.
Foi nisto que me tornei…pobre de mim…
Texto fantástico! Adorei! :)
ResponderEliminarE a referência ao nosso conterrâneo é qualquer coisa... :P