quarta-feira, 25 de julho de 2012

Os "Pórtugas" andam todos na linha.

Graças a um anúncio publicitário, nunca antes tanto se falou numa tal linha.
E os “Pórtugas” estão na linha, na linha entre o estar tesos e o tesos ficar, e na linha ficam, literalmente falando.
Nunca antes em período de férias as praias da linha de Cascais se viram tão atafulhadas de rapaziada que com o farnel às costas, chanato no pé, toalha na mão e um bolso cheio de nada, troca o parque de campismo de Monte Gordo pela praia de Carcavelos.
É claro que para isto em tudo contribuiu esta austeridade esquizofrénica, lá diz o ditado “Não há dinheiro, não há palhaços.”.
Mas é a malta que mora na linha que além de pagar a fatura da austeridade, ainda tem que “gramar” com a austeridade imposta sobre estes “pobres” veraneantes, principalmente quem opta pela Avenida Marginal para poupar uns trocos em autoestrada para se deslocar para a capital.
É inacreditável as centenas de carros parqueados logo às 9 da manhã no parque de estacionamento em frente á praia, e mais louco é o transito criado pela rapaziada sequiosa de se “espojar” na areia.
E não, não estamos a falar de um fenómeno transitório de fim-de-semana, porque isso é bom nem lembrar sob pena de me baixar a tensão arterial. Este é um fenómeno que graças a uma diminuição do poder de compra das pessoas, obrigou-as a optar por soluções mais económicas, e com toda a justificação, diga-se.
Mas há aspetos bons e maus, há quem perde e quem ganha, e neste caso o comércio das praias da linha ganha, perdem os moradores destas zonas que vêm dificultados o acesso aos seus empregos na capital, e perde e muito o Algarve que com o decréscimo do poder de compra e de uma boa parte dos seus habituais visitantes, vê o seu Turismo legado para um plano quase de luxo, reservado a uma pequena elite endinheirada.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cor-de-rosinha...

Há cores que um homem simplesmente não usa.
Salmão, pêssego e fúcsias são gamas cromáticas que nem o homem tem presente no seu léxico, bem como na melhor das hipóteses nos deixam atafulhados em borbulhagem e pruridos.
Pior que isso, só mesmo o emprego do ” cor de rosinha” em peças de roupa (polos) eminentemente masculinas, como fraco recurso para camuflar um declarado machismo.
 Cor-de-rosinha é a cor da Barbie.
Lembro-me como se fosse hoje da carrada de bonecagem que a minha irmã caçula recebia no Natal. E a cor da “caixinha”? E a cor das sainhas e saiotes que faziam parte integrante do hardware daquela verdadeira bala do capitalismo? Sim, aquela boneca diabólica é uma das faces mais atrozes do capitalismo desenfreado apontado às pobres criancinhas.
Que cor é associada á Barbie?
- Cor de rosinha.
Que cores empregam os pais para a decoração do quarto da futura progenitura quando sabem que é menina?
- Cor de rosinha
Qual a cor que caracteriza o “simbolozinho” associado ao sexo feminino?
- Cor de rosinha
Qual a cor da roupa que as tias avós anafadas e de buço transpirado oferecem às futuras sobrinhas que estão para nascer?
- Cor de rosinha.
Portanto: Das duas uma, ou há aqui algo muito errado, ou então homem de polo cor-de-rosinha está a fazer publicidade enganosa, a dizer “eu ajudo a minha mulher lá em casa, mas sou muito macho”.
Mas convenhamos que tal não corresponde á verdade, pois o conjunto do “outfit” não tem nada a ver com a mensagem transmitida pela cor do polo.
É a “barriguinha” anafada que encolhe as laterais desta peça de roupa, "barriguinha" esta ganha a custa dos “jantarinhos” bem calóricos confecionados pela pobre “Maria” de ar acabado que denunciam isso mesmo.
A falácia continua a ser exposta pela calcinha “chinos” bem vincada, aprumada, apertadinha e curta em baixo, pelo sapatinho mocassim bem “comfy”, pela gorda carteira atafulhada em cartões da BP, Repsol e Galp, prevendo um belíssimo recheio, e pelo indispensável telemóvel á “businessman” acoplado a tal adereço na mão esquerda, na outra claro está a chave monstra da carrinha familiar alemã com o clássico porta-chaves da Camel a dar o arzinho.
Convenhamos que homem de polo cor-de-rosa não o usa por gostar da cor, usa-o pois sabe que terá uns quantos olhares focados na sua falta de gosto.
Sim, porque quantos homens vemos empregar cor-de-rosa? Não é uma cor usual no homem. Portanto, homem que o usa procura público, o que sem dúvida corrobora o que até aqui tem sido esclarecido.

domingo, 22 de julho de 2012

A tradição já não é o que era!

Não, não é nenhuma publicidade a uma qualquer marca de whiskies “Bottled in Sacavém”, e tal chorrilho de observações surge numa noite de sexta-feira numa qualquer esplanada da linha de Cascais em conversa com uma grande amiga.
Amiga…á parte esta ter nascido no Norte, até que poderia muito bem ser a minha versão cromossomática XX, quer pelas experiencias vividas, quer pela reação às mesmas.
Não obstante tal facto, o termo da discórdia surge, quando não se sabe muito bem de onde paira no ar um “…os homens é que têm que vir atras das mulheres, é a tradição…”
Bom, neste caso a tradição é baseada numa série de acontecimentos que se desenrolam repetidamente sob as mesmas condições, sujeitos a um crescente fator de previsibilidade.
Até aí estou de acordo.
E tal se tem efetivamente passado, porque é sempre o homem a correr atras, é sempre o homem a cortejar e as mulheres esperam que assim seja, porque lá está, é a tradição.
Mas imbuídas das suas certezas, reforçadas pela suposta previsibilidade do homem, as mulheres esquecem algo muito importante.
A tradição já não é o que era porque uma boa parte dos homens também não.
É certo e sabido que com o evoluir da sociedade o papel e preponderância da mulher alterou-se indefinidamente, e ainda bem que assim foi, o que estas se esqueceram é que com isto o papel do homem ficou meio suspenso no limbo, sob pena de se tornar obsoleto, requerendo que este acionasse o seu mecanismo de adaptabilidade.
Hoje em dia, tal como as mulheres, os homens cuidam-se, tratam-se, são vaidosos e olham-se ao espelho com uma clara autoestima que as mulheres consideravam ser acessório.
Nós homens continuamos a ir atras a cortejar e a fazer “figura de urso”, mas temo que também isso esteja em risco.
Não sei se é sinal de que os homens estejam finalmente a criar e ganhar alguma malicia e inteligência que se julgava ate a bem pouco tempo exclusiva do sexo feminino, mas certo é que o homem “macho” previsível e a cheirar a cavalo tem os dias contados.
E o exemplo mais flagrante de toda esta alteração de papéis, exprime-se em números, gráficos e tabelas nos indicadores demográficos portugueses e no crescente envelhecimento da população.

É caso para dizer:  “…são o sexo forte?? Pois então provem-no!...”

sábado, 21 de julho de 2012

O Macho "Alfa-Romeu" - sobre a procriação.

Pode parecer que perdi toda e qualquer compostura, mas verdade seja dita e descansem vossas alminhas, jamais a tive.
Bom, mas isto na sequência do jocoso título que enfeita estas breves palavras, que não são mais que o triste constatar de uma realidade entre macho e fêmea, controlada e comandada por hormonas e instintos básicos, herdados da nossa condição animal.
O complexo facto de aparentemente racionalizarmos, não nos tornou a nós homens imunes ou desprovidos de tal fado e triste condição.
Aliás, este tem sido mote alargado para sacar umas quantas gargalhadas á pandilha de amigos, isto tudo na minha pobre posição de “bobo da corte” claro está.
Então vejamos:
Basta sintonizar a TV nos programinhas da “BBC Wildlife” apresentados por David Attenborough, sim aqueles que passam no 3º canal, antes do farto almoço de domingo com a família, para constatar e observar umas quantas semelhanças entre o comportamento animal e o não menos animalesco comportamento do ser humano macho; quase como se uma qualquer pista de dança se tornasse uma savana do Kalahari.
Há um sem número de similitudes entre o pavão e o seu espampanante penacho e o arquétipo humano macho, que se embala em vácuo numa t-shirt 3 números abaixo para ostentar a farta musculatura ganha num ginásio de vão de escada.
Não seria tão mais simpático usar uma t-shirt com o sugestivo texto “ESTOU AQUI – PICK ME UP!!”??
E como homem, acho triste as figurinhas que tantas vezes fazemos para agradar ao sexo oposto, e contra mim falo, que de iluminado nada tenho, igualmente regido e limitado por triste condição.
De nada servirá erguer cartazes a pugnar a união masculina contra a tirania das mulheres, isso só traria consequências devastadoras e ditaria o fim da espécie humana.
Vistas bem as coisas já somos tão poucos e não quero ser coautor e responsável por alterar as linhas da demografia portuguesa.
Bom, mas nesta guerra, a mulher ganha-nos aos pontos, andem por onde andar no mundo animal e humano é a “fêmea” quem escolhe o parceiro, e de nada me espanta que escolham tipos que lhes proporcionem uma situação familiar estável e uma boa genética para a sua prole.
Lá está, o mesmo se passa na natureza, é a “lei do mais forte” se assim preferirem.
Afinal, quem as pode censurar? Entre ter uma cria alta, loira de olho azul e uma débil, corcunda e de fracas feições, a escolha parece-me simples e óbvia.
Bom, resta-nos a cega crença nas estatísticas de 7,5 mulheres por cada homem e esperar que pelo menos uma metade nos calhe.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O Tampo da sanita...

Há certas coisas que as mulheres dizem que nós homens somos incapazes de fazer.
Pensar em duas coisas e fazer outra simultaneamente, ter filhos, cuidar da casa, cuidar de nós próprios...bla...bla...e somos acusados constantemente de não sabermos baixar a tampa da sanita, como ser portadores de uma extrema falta de pontaria.
Na boca da mulheres pouco mais sabemos fazer do que limpar o carro e cortar a relva, ressonamos, resmungamos, espalhamos as meias pela casa, bem como deixamos os sapatos semeados pelas divisões…enfim, feios, porcos e maus, mas será mesmo assim?
Mas o que é verdadeiramente assustador é o número de vezes que o “não baixar o tampo da sanita” invocado como desculpa esfarrapada para o fim duma relação.
Parece-me a razão mais idiota que alguém pode invocar, o tampo da sanita é inorgânico, não mexe, não respira, e a única função e vida miserável que se lhe conhece é … enfim…isso!!
Agora, acusarem o pobre coitado dos desequilíbrios das relações e do fim das mesmas parece-me algo rebuscado, enfim, tendemos sempre a arranjar algum bode expiatório para os nossos erros…


terça-feira, 3 de julho de 2012

Besta de carga...

O problema é que eu acho que ha por aí muita "besta" que sabe que é "besta", não querendo ofender as pobres criaturinhas, claro está...
Bestialidades á parte, somos bestas, não só porque votamos neles, mas porque somos nós as bestas que os carregamos as costas, somos nós as bestas que carregamos toda a carga imposta por tanta austeridade, somos nós as bestas que carregamos ás costas anos de erros de má gestão e imcompetência á frente deste Porto Cale...enfim...

Somos um povo BESTIAL...literalmente falando...